empréstimo de R$ 28 milhões

Ruas com calçamento devem entrar no cronograma de conserto

Thays Ceretta

Foto: Charles Guerra (Diário)

É só transitar pelas principais ruas de Santa Maria que motoristas e pedestres reclamam da mesma situação: além dos buracos e das pedras soltas, a forma como é feito o conserto da pavimentação desagrada. Mesmo em ruas onde o calçamento é de blocos de concreto intertravado, os buracos também são tapados com asfalto. A durabilidade do serviço, nesse caso, é menor.

Por isso, é grande a expectativa para a vinda dos R$ 28 milhões, via empréstimo na Caixa Econômica Federal, para a recuperação das ruas da cidade. A previsão da prefeitura é que a primeira parcela do empréstimo pelo Programa de Financiamento à Infraestrutura e Saneamento (Finisa), comece a entrar nos cofres do município até o início de dezembro.

Até que os serviços comecem de fato, motoristas e pedestres precisam conviver com ruas esburacadas. O problema é recorrente na Avenida Fernando Ferrari. A via é pavimentada com os blocos de concreto, que são lisos e oferecem mais conforto aos motoristas do que as pedras de paralelepípedo. Contudo, os remendos com asfalto para tapar os desníveis que surgem na pista acabam tornando a buraqueira ainda pior, pois o material se solta com o tempo.

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- Passo todos os dias por aqui, está bem complicado. Às vezes, é difícil conseguir desviar dos buracos e das pedras soltas. O problema é a forma como eles tapam. A rua não é de asfalto, mas foi tapado com esse material e fica com desnível - reclama o auxiliar administrativo Alex de Oliveira, 33 anos.

Na Fernando Ferrari, as faixas de segurança estão apagadas e também apresentam remendos. Onde os buracos foram tapados com asfalto, os buracos voltaram.

Moradora do Bairro Nossa Senhora de Lourdes, a professora estadual Lúcia do Carmo, 58 anos, conta que os problemas da avenida são antigos.

- A gente tem que estar sempre cuidando dos pneus, porque está complicado passar por aqui e, quando chove, fica ainda pior. Acho que a melhor opção é asfaltar tudo, não adianta fazer esses consertos, gastar dinheiro e não resolver a situação - avalia.

PISO ORIGINAL
A situação se repete na Alameda Buenos Aires. A pavimentação de blocos de concreto também foi consertada com asfalto, causando desníveis.  

- Os moradores tiveram que sinalizar um buraco com madeira para alertar motoristas e pedestres. Onde tem remendo, afunda. É a pior coisa que podem fazer - revolta-se a assistente social Cleusa Ricardo, 53 anos.

De acordo com a Superintendência de Comunicação da prefeitura, com a vinda do recurso de R$ 28 milhões este ano, o Executivo terá condições de contratar empresas terceirizadas para o conserto das ruas com blocos de concreto. As vias como a Fernando Ferrari e Alameda Buenos Aires estão no projeto de recuperação. O Executivo diz não ter calceteiros e, por isso, com a contratação de empresas terceirizadas, será possível recuperar as vias. O conserto será feito com o mesmo tipo de pavimentação já existente, mantendo o tipo original da via.

Os outros R$ 50 milhões do financiamento devem ser liberados em 2019.  

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